Fraude Milionária ao INSS: Suspeitos são Presos na Bahia em Operação

Na última terça-feira, 12 de dezembro, uma operação da Polícia Federal resultou na prisão de duas pessoas na Bahia, suspeitas de integrar um grupo criminoso envolvido em uma fraude milionária contra o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). A ação contou com a participação de cerca de 40 policiais federais, que cumpriram oito mandados de busca e apreensão, além de dois mandados de prisão temporária. Um mandado por condenação definitiva também foi executado nas cidades de Salvador, Camaçari e Dias D’Ávila.

O esquema fraudulento desvendado pela investigação tinha potencial para causar um prejuízo expressivo, estimado em R$ 76 milhões ao INSS. O grupo criminoso estava envolvido em cadastros fraudulentos, nos quais pelo menos 15 pessoas foram incluídas para receber aposentadorias por invalidez com o valor máximo pago pela Previdência Social.

A fraude, que se desenrolava na região metropolitana de Salvador, consistia na manipulação do sistema do INSS. Durante os três meses de investigação, foram identificados 15 benefícios concedidos indevidamente, todos com valores de salário no teto da Previdência.

O modus operandi do grupo incluía a inserção de falsos dados no sistema, simulando a existência de processos judiciais que autorizavam os benefícios. A investigação confirmou que os números de processo eram fictícios, e não havia cópias das decisões judiciais no dossiê da concessão. Surpreendentemente, as matrículas dos servidores supostamente responsáveis pelos benefícios pertenciam a servidores já aposentados, sem qualquer vínculo com o INSS.

De acordo com informações da Polícia Federal, o setor de monitoramento do INSS conseguiu bloquear os pagamentos a tempo, evitando que as aposentadorias por invalidez fossem sacadas. Apesar das tentativas do grupo de reverter os bloqueios, acessando novamente o sistema, todas foram sem sucesso. Se liberados, os pagamentos teriam gerado transferências no valor aproximado de R$ 70 mil para cada beneficiário.

Os responsáveis pela fraude agora enfrentarão uma série de acusações, incluindo Associação Criminosa, inserção de dados falsos em sistemas de informações e estelionato previdenciário na modalidade tentada, entre outros. As penas acumuladas desses crimes podem atingir mais de 15 anos de prisão, evidenciando a gravidade do esquema desarticulado pela Polícia Federal na Bahia.

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