Grave! Praias brasileiras estão ameaçadas de sumirem nos próximos anos

A crescente problemática da erosão nas praias do Rio de Janeiro foi novamente destacada após a ressaca que atingiu a região de Macaé, no norte fluminense, em maio deste ano. Este fenômeno natural, marcado por ondas que chegaram a quase três metros, provocou danos significativos, incluindo a queda de postes e a interdição de dezenas de imóveis.

O impacto foi sentido não apenas nos danos materiais, mas também na vida dos moradores, com desabrigados e desalojados emergindo como preocupação imediata para as autoridades locais. Este tipo de evento destaca a necessidade crítica de estratégias eficazes de gestão costeira para mitigar os efeitos da erosão, especialmente em áreas urbanas densamente povoadas.

Como a erosão afeta o litoral fluminense

O geógrafo marinho Eduardo Bulhões, da Universidade Federal Fluminense (UFF), apontou, em entrevista à Agência Brasil, que a erosão em Macaé é intensificada por fatores como a proximidade da foz do Rio Macaé e a ocupação desordenada. Bulhões enfatizou que, embora não seja possível prevenir completamente eventuais ressacas, é essencial preparar melhor o litoral para lidar com tais impactos através de uma gestão mais informada e responsiva.

Um importante passo para entender e mitigar esse fenômeno está sendo dado através do estudo técnico e ambiental liderado por especialistas da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e do Instituto Politécnico. Esse estudo, que conta com a participação direta do governo municipal e supervisão do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), visa desenvolver soluções práticas e eficazes que possam ser aplicadas de maneira sustentável.

Intervenções estruturais e não estruturais propostas

Além das necessárias obras físicas como a recomposição da praia e vegetação de restinga, estratégias não estruturais também são cruciais. Estas incluem a “retração planejada”, que envolve remover construções de áreas de risco e utilizar o espaço para restaurar o ecossistema natural, atuando como uma barreira contra futuros danos.

Outras medidas dadas incluem a implementação de um sistema de previsão e alerta e intensificar a “alfabetização climática” da população. Esta última é vista como essencial para o entendimento público sobre a necessidade de desocupar áreas vulneráveis, garantindo assim uma maior resiliência às mudanças climáticas e seus efeitos sobre as zonas costeiras.

Deixe uma resposta

Seu endereço de email não será publicado.