Em uma descoberta significativa para a indústria de energia do Brasil, a Petrobras anunciou a identificação de uma nova reserva de petróleo nas águas ultra profundas da Bacia Potiguar, localizada no poço exploratório Anhangá, parte da Concessão POT-M-762_R15, algo que faria até Eike Batista se emocionar.
Situado em uma posição estratégica próxima à divisão entre os estados do Ceará e do Rio Grande do Norte, o poço Anhangá está a aproximadamente 190 km de Fortaleza e 250 km de Natal, cravado a uma profundidade de 2.196 metros na Margem Equatorial brasileira.
Esta revelação representa a segunda descoberta de petróleo na Bacia Potiguar apenas em 2024, seguindo a detecção de hidrocarbonetos no poço Pitu Oeste, a 24 km de distância de Anhangá. A Petrobras, que opera ambas as concessões com 100% de participação, informou que essas descobertas ainda estão sob avaliações complementares.
A exploração na Margem Equatorial é parte do compromisso contínuo da Petrobras com a busca por novas reservas de petróleo, essenciais para atender à demanda global de energia durante o processo de transição energética. A empresa destaca a segurança e eficiência de sua operação, com um histórico de quase 3 mil poços perfurados em águas profundas e ultra profundas sem incidentes, reforçando seu compromisso ambiental.
O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, ressaltou a capacidade técnica e a experiência acumulada da companhia ao longo de quase 70 anos, que a posicionam como líder mundial em operações de águas profundas e ultra profundas, permitindo a abertura de novas fronteiras exploratórias com total segurança.
Além do foco na Margem Equatorial, a Petrobras expandiu suas operações adquirindo novos blocos na Bacia de Pelotas, no sul do Brasil, e participações em blocos exploratórios em São Tomé e Príncipe, na costa oeste africana.
A nova descoberta em Anhangá é particularmente notável pela presença inédita de reservatórios turbidíticos de idade Albiana com petróleo, identificados por meio de perfis elétricos e amostras de óleo. A Petrobras planeja continuar a exploração na Concessão POT-M-762_R15 para avaliar a viabilidade técnico-comercial da acumulação.
A empresa reitera seu compromisso com a exploração responsável e a transição energética justa, destacando a importância das novas reservas para a segurança e soberania energética nacional. O diretor de Exploração e Produção da Petrobras, Joelson Mendes, enfatiza a importância da região da Margem Equatorial como uma nova fronteira promissora para o futuro da companhia e do país.
Com um investimento previsto de US$ 7,5 bilhões em exploração até 2028, dos quais US$ 3,1 bilhões serão destinados à Margem Equatorial, a Petrobras planeja perfurar 50 novos poços exploratórios, 16 dos quais na região da Margem Equatorial, como parte de sua estratégia para maximizar o valor do portfólio e promover a descarbonização de suas operações.