Um dos monumentos mais misteriosos do mundo tem origem descoberta

Os segredos envolvendo um dos monumentos mais misteriosos da humanidade está prestes a ser desvendados. Trata-se da orgem da Pedra do Altar de Stonehenge.

Um estudo publicado na última quarta-feira (14/8) na revista Nature por uma equipe de cinco cientistas da Universidade Curtin, na Austrália, revelou que a pedra, peça central do enigmático monumento, foi transportada da Escócia para a planície de Salisbury, na Inglaterra, por volta de 2.600 a.C.

Esta descoberta desafia as teorias anteriores sobre a origem dos materiais usados na construção de Stonehenge e abre novas questões sobre as capacidades logísticas das sociedades neolíticas.

Monumentos: Pedra do Altar de Stonehenge
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Análise Mineralógica Revela a Origem Escocesa da Pedra

A pesquisa conduzida pelos cientistas australianos envolveu uma análise detalhada da composição mineralógica da Pedra do Altar. Segundo os resultados, a rocha de aproximadamente 6 toneladas se originou na região montanhosa de Grampian, na Escócia, localizada a cerca de 700 km de Stonehenge.

A complexidade do transporte dessa pedra sugere uma organização social avançada e uma rede de transporte marítimo sofisticada na Grã-Bretanha pré-histórica.

Os cientistas utilizaram técnicas avançadas de datação para determinar a idade dos grãos minerais contidos na pedra, encontrando evidências de que alguns desses grãos têm entre 450 milhões e 2 bilhões de anos.

“A nossa análise comprova que grãos específicos de minerais na Pedra do Altar têm por volta de mil a 2 milhões de anos, enquanto outros minerais têm cerca de 450 milhões de anos”, explicou Anthony Clarke, geólogo britânico e autor principal do estudo, intitulado “Uma Proveniência Escocesa para a Pedra do Altar de Stonehenge”.

Descoberta sobre monumentos põem fim aos mistérios

A nova descoberta não apenas desafia a compreensão anterior sobre a construção de Stonehenge, mas também oferece uma visão mais detalhada das capacidades das sociedades neolíticas.

Até agora, acreditava-se que Stonehenge era composto por dois tipos de rochas principais: o sarsen, uma pedra maior obtida a cerca de 25 km de distância de Marlborough, e as pedras azuis, originárias das colinas Preseli, no País de Gales.

Com a confirmação da origem escocesa da Pedra do Altar, o estudo sugere que os construtores neolíticos tinham acesso a uma rede de transporte e comunicação mais complexa do que se imaginava.

Chris Kirkland, coautor do estudo, destaca que essa descoberta “ajuda a pintar um quadro fascinante da Grã-Bretanha pré-histórica”, sugerindo que as sociedades daquela época possuíam uma coordenação social significativa, capaz de realizar expedições marítimas e estabelecer redes comerciais de longa distância.

A revelação sobre a origem da Pedra do Altar em Stonehenge reforça a importância do monumento como símbolo das complexas interações sociais e tecnológicas das sociedades neolíticas.

Esta descoberta não apenas traz novas luzes sobre a história de Stonehenge, mas também levanta novas questões sobre as capacidades e o alcance das civilizações antigas, que continuam a fascinar e intrigar estudiosos e o público em geral.

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