Dados do INSS foram hackeados com ajuda de estagiário e servidor

A Polícia Federal está investigando um esquema de fraude que envolve um estagiário e um servidor do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), acusados de auxiliar um hacker na invasão dos sistemas do governo. O grupo teria facilitado o acesso a dados sensíveis de milhões de brasileiros.

As investigações começaram após denúncias anônimas sobre acessos indevidos aos sistemas do INSS. A PF identificou que o estagiário e o servidor forneceram as credenciais necessárias para que o hacker pudesse acessar informações sigilosas.

O invasor, cuja identidade não foi revelada, é conhecido por sua expertise em burlar sistemas de segurança avançados.

Como ocorreu a fraude

O hacker utilizou ferramentas sofisticadas para explorar vulnerabilidades no sistema de segurança do INSS, contando com o apoio dos funcionários internos. As informações obtidas teriam sido vendidas para terceiros, o que motivou a ampliação das investigações.

Operação Mercado de Dados

Na manhã desta quinta-feira (26), a Polícia Federal deflagrou a Operação Mercado de Dados, visando desarticular a quadrilha. Foram cumpridos 29 mandados de busca e 18 de prisão preventiva em diversos estados, incluindo São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Alagoas, Pará, Goiás, Distrito Federal, Paraná e Bahia.

O Juízo da 4ª Vara Criminal Federal de Cascavel (PR) determinou o sequestro de 24 imóveis pertencentes aos envolvidos, além do bloqueio de recursos financeiros em contas bancárias, totalizando R$ 34 milhões. Também foram apreendidos carros de luxo ligados à quadrilha.

Consequências legais

A operação contou com o apoio do Ministério da Previdência, por meio da Coordenação de Inteligência da Previdência Social.

Os suspeitos responderão por diversos crimes, como organização criminosa, corrupção, invasão de dispositivos informáticos, violação de sigilo funcional, comercialização de dados sigilosos e lavagem de capitais. As penas para esses crimes, se somadas, podem ultrapassar 15 anos de prisão.

A investigação segue em andamento, e novas fases da operação não estão descartadas.

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