Você não vai acreditar no valor pago ao Facebook para divulgar golpe do Serasa

A plataforma Meta, responsável pelo Facebook, enfrenta um novo desafio relacionado à veiculação de anúncios fraudulentos que prometem uma indenização da Serasa por supostos vazamentos de dados.

Entre março e maio deste ano, perfis falsos gastaram um total de R$ 493.651 em mais de 4.000 anúncios na rede social, exibindo vídeos manipulados por inteligência artificial.

Estes vídeos, que utilizam imagens de políticos conhecidos como Nikolas Ferreira, Sargento Fahur, Eduardo Bolsonaro e o presidente Lula, são parte de um esquema que induz os usuários a acreditarem na falsa promessa de compensação.

Um único perfil investiu expressivos R$ 162 mil em apenas um mês, sendo um dos principais anunciantes na categoria “temas sociais, eleições ou política”. O perfil foi desativado, e especialistas, como a coordenadora do Netlab-UFRJ, Marie Santini, sugerem que tais cifras indicam a operação de uma organização criminosa.

O que dizem a Serasa e a Meta?

Em resposta às investigações, a Serasa reitera que os anúncios mencionando indenizações são falsos e têm o objetivo de confundir consumidores e gerar reclamações indevidas à empresa.

Já a Meta afirmou que não permite atividades fraudulentas em sua plataforma, mas não especificou quais medidas foram tomadas contra esse golpe específico.

Como funcionava o golpe da Serasa?

O esquema do golpe da falsa indenização da Serasa direciona os usuários para páginas que simulam sites de notícias, que por sua vez encaminham para um atendimento virtual que se passa pela Serasa.

Neste atendimento falso, os usuários são solicitados a fornecer informações pessoais, como CPF e dados familiares, além de serem induzidos a realizar pagamentos de uma taxa fictícia chamada “taxa transacional” para supostamente receberem uma indenização inexistente.

Existe indenização da Serasa?

É importante ressaltar que não há qualquer processo finalizado ou decisão judicial sobre a indenização pleiteada contra a Serasa pelo Ministério Público Federal de São Paulo. Os caso continua em tramitação, e mais informações podem ser acessadas pelo número do processo 5002936-86.2021.4.03.6100 no site da Justiça.

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