Você não imagina o que Eike Batista planeja para recuperar bilhões de reais

Eike Batista está de volta ao cenário econômico com uma proposta audaciosa focada na agricultura sustentável. Em um recente evento, o Energy Summit, realizado no Rio de Janeiro, Batista apresentou um projeto inovador que promete revolucionar o setor energético do Brasil.

O empresário está apostando na cana-de-açúcar transgênica como uma ferramenta essencial para recuperar sua posição no mercado e impulsionar a produção de biocombustíveis.

Eike Batista, em parceria com o agrônomo Sizuo Matsuoka, desenvolveu um projeto que visa aumentar significativamente a produção de etanol no Brasil através do uso de cana-de-açúcar geneticamente modificada.

De acordo com Batista, a produtividade da cana transgênica pode alcançar até 354 toneladas por hectare, quase o dobro da produção da cana convencional. Essa inovação permitiria ao Brasil produzir até 100 bilhões de litros de etanol, substituindo os atuais 5,5 milhões de hectares de plantações de cana tradicional.

A cana transgênica não só aumenta a produtividade, mas também tem um impacto positivo na sustentabilidade.

A produção de etanol a partir da cana-de-açúcar reduz em média 89% a emissão de gases responsáveis pelo efeito estufa em comparação com a gasolina, segundo dados da Agência Internacional de Energia (IEA). Isso torna o etanol uma alternativa muito mais ecológica aos combustíveis fósseis, contribuindo para a descarbonização do setor de transportes.

Eike Batista
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Eike aposta nos biocombustíveis

Além do etanol, Batista enxerga um grande potencial na cana transgênica para o desenvolvimento de biocombustíveis, especialmente o SAF (Sustainable Aviation Fuel), combustível de aviação sustentável.

O empresário acredita que o Brasil, por já ser uma potência na produção de cana-de-açúcar, pode liderar o mercado global de biocombustíveis sem competir com culturas alimentares como o milho. 

Ele também destacou outras aplicações promissoras da cana transgênica, como a produção de papel e a substituição de produtos plásticos.

Ele argumenta que o bagaço da cana, uma fibra nobre, pode ser melhor aproveitado nesses processos industriais em vez de ser queimado para gerar energia. Essa abordagem não só agrega valor aos subprodutos da cana, mas também contribui para a sustentabilidade ambiental ao reduzir a dependência de materiais plásticos.

O Projeto de Lei 4516/23 e o Futuro dos Combustíveis Sustentáveis

O retorno de Batista ao mercado coincide com iniciativas governamentais para promover o uso de combustíveis sustentáveis no Brasil. O Projeto de Lei 4516/23, também conhecido como o projeto do Combustível do Futuro, propõe medidas para estimular o uso de diesel verde e aumentar o teor de etanol na gasolina.

A proposta inclui a criação do Programa Nacional de Combustível Sustentável de Aviação (ProBioQAV) e o Programa Nacional de Diesel Verde (PNDV), visando a redução das emissões de gases de efeito estufa e a promoção de biocombustíveis.

Essas políticas refletem a crescente demanda por soluções energéticas sustentáveis e a necessidade de reduzir a dependência de combustíveis fósseis. Com o apoio de iniciativas como essas, projetos como o de Batista têm o potencial de transformar o setor energético do Brasil e contribuir para um futuro mais sustentável.

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