Sinais de vida em Marte podem ter sido encontradas pela NASA

A NASA anunciou uma descoberta revolucionária na busca por vida extraterrestre: possíveis bioassinaturas foram detectadas em uma rocha na superfície de Marte.

Esta rocha, que contém matéria orgânica e curiosas manchas descoloradas, foi investigada pelo veículo-robô Perseverance na cratera Jezero. A missão Mars 2020, que inclui o Perseverance, é a primeira desde a Viking explicitamente projetada para buscar evidências de vida em Marte.

Ken Farley, cientista do projeto, classificou a rocha, informalmente chamada de “Cheyava Falls”, como a mais intrigante e potencialmente importante já analisada pelo Perseverance. A rocha é um pequeno bloco avermelhado enriquecido com moléculas orgânicas e veios brancos paralelos.

As manchas esbranquiçadas em escala milimétrica com bordas escuras são particularmente interessantes para os astrobiólogos.

As moléculas orgânicas encontradas são compostas de carbono e hidrogênio, com elementos como enxofre, oxigênio ou nitrogênio. Na Terra, essas moléculas são geralmente derivadas de restos de organismos antigos.

Contudo, em Marte, elas também podem ser produzidas por reações não biológicas. O Perseverance já havia encontrado moléculas orgânicas simples na cratera Jezero, mas esta nova descoberta é considerada a mais convincente até agora.

Vida em Marte.
(Imagem ilustrativa: Pixabay)

Surgimento da vida em Marte

Os veios presentes na rocha são compostos de sulfato de cálcio, formado quando a água líquida correu ao longo de fraturas na subsuperfície. Embora comuns em rochas sedimentares marcianas, esses veios não são bioassinaturas.

No entanto, a presença de olivina, um mineral ígneo, sugere que a água pode ter sido injetada a temperaturas muito altas para sustentar vida.

As manchas esbranquiçadas e descoloradas, conhecidas como “manchas de redução”, são particularmente intrigantes. Na Terra, essas manchas são frequentemente associadas à atividade de bactérias que usam ferro oxidado como fonte de energia.

Em Marte, microorganismos poderiam ter utilizado a matéria orgânica da rocha para realizar reações químicas semelhantes. Contudo, é crucial explorar e descartar possíveis causas não biológicas antes de confirmar a presença de vida passada.

Perspectivas Futuras e Análise em Terra

As novas descobertas fortalecem a argumentação para que a NASA e a Agência Espacial Europeia (ESA) prossigam com o ambicioso programa de recuperação de amostras.

O Perseverance já extraiu um pedaço da rocha de Cheyava Falls, e futuras espaçonaves poderiam coletar essas amostras e trazê-las para a Terra. Análises em laboratórios de última geração, com capacidades muito superiores aos instrumentos a bordo do Perseverance, seriam necessárias para confirmar a presença de fósseis de vida antiga em Marte.

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