Saiu HOJE (28): Lula bate o martelo sobre aposentadoria e salário mínimo

Nesta quarta-feira (26), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) assegurou que não haverá desvinculação do piso das aposentadorias do salário mínimo. Em entrevista ao Portal UOL, Lula afirmou que não alterará a política de valorização, destacando a importância dessa medida para a dignidade dos trabalhadores.

Lula enfatizou que o aumento dos salários não deve ser visto como um gasto, mas como um investimento na qualidade de vida dos cidadãos.

“A palavra salário mínimo é o mínimo do mínimo que uma pessoa precisa para sobreviver. Se eu acho que eu vou resolver o problema da economia brasileira apertando o mínimo do mínimo, eu estou desgraçado, eu não vou para o céu, eu ficaria no purgatório”, argumentou o petista.

O presidente também ressaltou a necessidade de garantir condições dignas de vida para todos os brasileiros. “Preciso garantir que todas as pessoas tenham condições de viver dignamente. Por isso, nós temos que tentar repartir o pão de cada dia em igualdade de condições”, declarou o presidente.

Revisão de gastos

Em uma audiência pública no Congresso Nacional, neste mês, a ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, mencionou que o governo está revisando os gastos, destacando que a discussão está sendo feita internamente.

A equipe econômica analisa a possibilidade de “modernizar” as vinculações de benefícios trabalhistas e previdenciários não relacionados à aposentadoria, como o Benefício de Prestação Continuada (BPC), o abono salarial e o seguro-desemprego.

Durante a entrevista, Lula reafirmou que a política de valorização do salário mínimo será mantida durante seu mandato. Para ele, essa política é essencial para distribuir a riqueza do país de forma justa.

A política de valorização prevê reajustes anuais baseados no Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) e na variação positiva do Produto Interno Bruto (PIB) de dois anos anteriores. Caso não haja crescimento real do PIB, o reajuste considera apenas o INPC.

“Você tem sempre que colocar a reposição inflacionária para manter o poder aquisitivo, e nós damos uma média do crescimento do PIB dos últimos dois anos. O crescimento do PIB é exatamente para isso. O crescimento do PIB é para você distribuir entre os 213 milhões de brasileiros, e eu não posso penalizar a pessoa que ganha menos”, destacou Lula.

* Com informações da Agência Brasil.

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