Receber benefícios do Governo Federal, especialmente o BPC-LOAS (Benefício de Prestação Continuada), pode suscitar dúvidas e desinformações entre os beneficiários. Contudo, é crucial desmistificar algumas afirmações incorretas que circulam a respeito do BPC para garantir que os beneficiários compreendam seus direitos e possam usufruir deles de maneira adequada.
Dentre as diversas crenças equivocadas relacionadas ao BPC, uma delas sugere que quem recebe esse benefício não pode contrair matrimônio. No entanto, é importante esclarecer que o estado civil não interfere no direito ao benefício. O BPC destina-se a proporcionar apoio financeiro a pessoas com deficiência e idosos em situação de vulnerabilidade, sendo o casamento uma questão separada e que não impacta a elegibilidade para o benefício.
Outra falsa alegação é a de que os beneficiários do BPC não podem se aposentar. Essa afirmação é infundada, uma vez que o BPC e a aposentadoria são benefícios distintos, cada um regido por critérios específicos. Receber o BPC não impede a concessão da aposentadoria, desde que o indivíduo atenda aos requisitos estabelecidos para ambos os benefícios.
Mitos em relação ao BPC
Além disso, existe a crença errônea de que quem recebe o BPC não pode fazer empréstimo consignado. Contudo, o BPC não pode ser utilizado como garantia para esse tipo de transação financeira. Sua finalidade é prover suporte aos mais necessitados, não servindo como fonte de crédito.
Outro mito relacionado ao BPC é a ideia de que se uma pessoa na mesma família já recebe o benefício, outros membros não podem se tornar beneficiários. No entanto, o BPC é concedido individualmente, considerando as necessidades e a situação específica de cada pessoa na família. Assim, mais de um beneficiário na mesma família é possível, desde que atendam aos critérios estabelecidos.
A falsa afirmativa de que ter um filho que recebe o BPC impede a busca de emprego formal também precisa ser desmistificada. O BPC visa apoiar financeiramente quem realmente necessita, sem restringir a capacidade de trabalho dos demais membros da família. Portanto, ter um filho beneficiário do BPC não impede que outros membros busquem emprego formal, inclusive com carteira assinada.