Quatro casos de super fungo muito perigosos são confirmados

Recentemente, a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) confirmou a detecção de quatro casos do temido fungo Candida auris no Hospital João XXIII, localizado em Belo Horizonte.

Esta descoberta acendeu um alerta de saúde pública, dado que a Candida auris é classificada como um “superfungo” devido à sua resistência a tratamentos antifúngicos comuns, representando uma ameaça tanto para a saúde individual quanto coletiva.

O que é a Candida auris?

A Candida auris é um fungo emergente que foi identificado pela primeira vez como causador de infecções em humanos em 2009, no Japão. Desde então, sua disseminação global levantou preocupações entre as autoridades de saúde. Aqui estão alguns detalhes importantes sobre este fungo:

  • Taxa de mortalidade: Segundo o Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA (CDC), a taxa de mortalidade entre os infectados pode alcançar alarmantes 60%, especialmente em pacientes já hospitalizados e com saúde fragilizada.
  • Resistência a medicamentos: Algumas cepas da Candida auris demonstraram resistência a todas as principais classes de antifúngicos, incluindo polienos, azóis e equinocandinas. Essa resistência torna o tratamento mais desafiador e limita as opções disponíveis para os médicos.
  • Identificação difícil: A identificação correta da C. auris requer métodos laboratoriais específicos, pois pode ser facilmente confundida com outras espécies de fungos, como Candida haemulonii e Saccharomyces cerevisiae.

Casos confirmados

Dos quatro casos confirmados no Hospital João XXIII, dois pacientes já receberam alta, enquanto os outros dois permanecem internados. Contudo, a SES-MG não divulgou informações sobre o estado de saúde desses últimos.

Além dos casos confirmados, 24 outros casos suspeitos estão em análise no Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen) da Fundação Ezequiel Dias (Funed). Essa quantidade de suspeitas indica a possibilidade de uma disseminação mais ampla do fungo.

  • Transmissibilidade: O fungo possui alta capacidade de transmissão e pode colonizar rapidamente tanto a pele do paciente quanto o ambiente ao seu redor. Por essa razão, os leitos onde os pacientes estão internados estão sendo mantidos isolados para evitar novos contágios.
  • Protocolos de segurança: O hospital está seguindo rigorosamente os protocolos de segurança sanitária, implementando medidas de controle e manejo para proteger tanto os pacientes quanto os profissionais de saúde.

Medidas de prevenção e controle

Dada a natureza altamente transmissível da Candida auris, a prevenção é importante. Algumas das medidas recomendadas incluem:

  • Isolamento de casos suspeitos: É essencial isolar pacientes suspeitos e confirmados para limitar a propagação do fungo dentro do ambiente hospitalar.
  • Desinfecção rigorosa: Os ambientes hospitalares devem passar por processos de desinfecção rigorosos para eliminar o fungo de superfícies e equipamentos.
  • Treinamento de profissionais de saúde: Profissionais de saúde devem receber treinamento adequado sobre como lidar com infecções fúngicas e a importância da higiene para prevenir infecções cruzadas.

É fundamental que as autoridades de saúde continuem monitorando a situação e adotem as medidas necessárias para proteger a saúde da população. A conscientização e o entendimento sobre o Candida auris são fundamentais para prevenir uma possível crise de saúde pública.

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