Pesquisador brasileiro revela que auroras boreais podem corroer metais

Novas pesquisas conduzidas pelo brasileiro Denny Oliveira, do Centro Goddard de Voos Espaciais da NASA, revelam que essas maravilhas naturais podem ter um lado negativo. As partículas solares responsáveis pelas auroras podem causar danos significativos a infraestruturas críticas, como gasodutos e redes elétricas, ao gerar correntes geomagneticamente induzidas que corroem metais.

As auroras são formadas quando partículas solares atingem o campo magnético da Terra, criando deslumbrantes exibições de luzes no céu. No entanto, essas mesmas partículas podem induzir correntes elétricas fortes o suficiente para danificar estruturas metálicas.

De acordo com Oliveira, choques interplanetários, compostos de partículas e ondas eletromagnéticas do Sol, são os principais responsáveis por essas correntes geomagneticamente induzidas. Quanto mais intensos os choques, mais fortes são as correntes e as auroras resultantes.

Os pesquisadores analisaram a base de dados de choques interplanetários e as compararam com leituras de correntes geomagneticamente induzidas em um gasoduto de gás natural em Mäntsälä, na Finlândia.

Eles descobriram que choques frontais geram picos maiores nas correntes logo após o evento e durante as tempestades geomagnéticas subsequentes. Isso significa que as infraestruturas em regiões onde ocorrem auroras são particularmente vulneráveis a esses choques.

Brasileiro faz descoberta sobre Aurora Boral.
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Pesquisa de brasileiro busca proteger as infraestruturas vulneráveis

A pesquisa de Oliveira destaca a importância de prever e mitigar os efeitos das correntes geomagneticamente induzidas. Como o ângulo de impacto dos choques pode ser previsto com até duas horas de antecedência, essa informação pode ser usada para preparar proteções adequadas para as infraestruturas.

Oliveira sugere que operadores de energia gerenciem circuitos elétricos específicos quando um alerta de choque for emitido, para evitar que as correntes reduzam a vida útil dos equipamentos.

“Nossos resultados mostram que correntes geoelétricas consideráveis ocorrem com bastante frequência após choques, e elas merecem atenção”, alerta Oliveira. A previsão precisa dos ângulos de impacto e a implementação de medidas preventivas podem minimizar os danos às infraestruturas críticas, garantindo maior segurança e eficiência no funcionamento de redes elétricas e gasodutos.

As Belas e Perigosas Auroras Boreais

As auroras boreais são fenômenos naturais impressionantes, com suas cores vibrantes variando do verde ao vermelho, azul e roxo. Essas cores resultam das interações de partículas carregadas do Sol com moléculas na atmosfera terrestre.

Oxigênio em altas altitudes produz um brilho avermelhado, enquanto em altitudes mais baixas, as interações com oxigênio geram a cor verde. Nitrogênio pode causar luzes vermelhas e azuis, e hidrogênio e hélio podem produzir auroras azuis e roxas, embora essas últimas sejam mais difíceis de observar a olho nu.

Apesar de sua beleza, as auroras também representam um risco potencial para infraestruturas terrestres. A pesquisa de Oliveira revela que as partículas solares não apenas criam essas exibições de luzes, mas também têm o poder de corroer metais ao gerar correntes geomagneticamente induzidas.

Essas correntes podem causar danos significativos a gasodutos, redes elétricas e outras infraestruturas críticas, especialmente em regiões onde as auroras são mais frequentes.

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