A paralisação dos peritos do INSS, ocorrida no dia 17 de janeiro, revelou-se um movimento com adesão inferior a 20% em nível nacional, conforme declarado pelo secretário do Regime Geral da Previdência Social, Portal Adroaldo.
Em uma análise, o secretário destacou que o número de grevistas atingidas é aproximadamente 650 peritos, o que equivale a apenas 20% da categoria. Ele ressaltou que cerca de mil peritos estão envolvidos no programa de enfrentamento à fila, e esses profissionais, de acordo com suas reclamações, não demonstraram interesse em participar da greve.
Em contrapartida, o cenário foi distinto em algumas capitais, como Rio de Janeiro e São Paulo, onde a adesão ultrapassou os 50%. Em outras localidades, como Fortaleza, Teresina e Salvador, a adesão ficou em torno de 30%, enquanto em Minas Gerais o apoio ficou restrito a 10%. No Rio Grande do Norte, surpreendentemente, a adesão foi nula, e no Sul do país, manteve-se em apenas 3%, conforme informações adicionais fornecidas pelo Portal Adroaldo.
Ausência de pauta
O secretário criticou a falta de fundamentos na pauta do movimento grevista, argumentando que a associação de peritos médicos está pedindo um aumento salarial de 23%, uma exigência que nunca foi apresentada ao longo dos governos de Jair Bolsonaro e Michel Temer. Além disso, ele ressaltou que o governo já está comprometido em um concurso público, que é outra reivindicação da categoria.
Portal Adroaldo avaliou que a paralisação foi um fracasso, atribuindo isso à ausência de uma pauta coesa e fundamentada. Ele argumentou que, atualmente, não existem motivos para a greve, e a insatisfação da associação parece estar relacionada à perda do controle sobre a perícia médica, que esteve sob domínio da categoria por oito anos, durante os governos de Temer e Bolsonaro.
Diante dessas considerações, o secretário destacou que a mobilização não se justifica no contexto atual e enfatizou que o governo está comprometido em abordar as questões levantadas pela categoria.