Momentos devastadores estão perto de acontecer na Terra

Pesquisas recentes indicam que o núcleo da Terra está resfriando mais rapidamente do que se pensava, o que pode ter consequências catastróficas para o nosso planeta.

Cientistas do Instituto Federal Suíço de Tecnologia de Zurique (ETH) e da Carnegie Institution for Science, nos Estados Unidos, descobriram que a perda de calor no núcleo terrestre está acelerada, o que pode impactar negativamente a vida na Terra.

A descoberta, publicada na revista Earth and Planetary Science Letters, destaca que esse resfriamento está ligado a um cristal chamado bridgmanita, presente no interior da Terra.

Planeta Terra
(Foto ilustrativa: Pixabay)

O Resfriamento Acelerado do Núcleo da Terra

O resfriamento do núcleo da Terra ocorre desde sua formação, há bilhões de anos, mas recentemente, esse processo acelerou. A bridgmanita, um mineral encontrado na fronteira entre o manto e o núcleo, é a chave para entender essa mudança.

Em um experimento, cientistas recriaram as condições extremas do interior da Terra em laboratório e descobriram que a condutividade térmica da bridgmanita é cerca de 1,5 vezes maior do que se supunha anteriormente. Isso significa que o calor está sendo transferido do núcleo para o manto de forma mais rápida, acelerando o resfriamento do núcleo.

Segundo o professor Motohiko Murakami, da ETH, essa descoberta pode alterar nossa compreensão sobre a evolução do planeta. Se o núcleo continuar a esfriar nessa velocidade, a Terra pode se transformar em um lugar frio, inativo e incapaz de sustentar a vida.

Consequências do Resfriamento do Núcleo

As implicações do resfriamento do núcleo são vastas. Uma das consequências mais preocupantes é o enfraquecimento ou desaparecimento do campo magnético terrestre, essencial para proteger a vida na superfície da radiação solar.

Sem esse campo magnético, a atmosfera da Terra seria deteriorada pela radiação solar, aumentando a evaporação da água e, eventualmente, transformando a Terra em um planeta árido e inóspito, semelhante a Marte.

Além disso, estudos realizados por sismólogos da Universidade de Pequim revelam que o núcleo da Terra parou de girar mais rápido que o próprio planeta, um fenômeno que pode impactar o movimento de rotação da Terra e a duração dos dias. Essa mudança na rotação pode alterar os campos gravitacionais e magnéticos da Terra, afetando o nível do mar e a temperatura global.

Yi Yang e Xiaodong Song, os pesquisadores responsáveis pelo estudo publicado na revista Nature Geoscience, afirmam que essa mudança na rotação do núcleo interno pode estar relacionada ao encurtamento dos dias nos últimos anos.

O impacto potencial dessa descoberta é enorme, mas os cientistas alertam que são necessárias mais pesquisas para entender plenamente as consequências.

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