Japão era o responsável por fabricar pagers que explodiram no Líbano

A fabricante japonesa de equipamentos de rádio Icom Inc anunciou nesta quinta-feira (19) que está investigando os fatos relacionados às notícias de que dispositivos de rádio bidirecionais (ou walkie-talkies) com seu logotipo explodiram no Líbano em um ataque contra o Hezbollah. O incidente trouxe à tona questões sobre a segurança desses equipamentos e as responsabilidades das fabricantes.

O Ministério da Saúde do Líbano informou que 20 pessoas morreram e mais de 450 ficaram feridas nas explosões que ocorreram na quarta-feira (18) nos subúrbios de Beirute e no Vale do Bekaa. Já na terça-feira, outras explosões resultaram na morte de 12 pessoas, incluindo duas crianças, e quase 3.000 feridos.

Qual a relação com as explosões?

Imagens dos walkie-talkies explodidos revelaram rótulos com “ICOM” e “Made in Japan”, sendo semelhantes ao modelo IC-V82 da empresa. O Ministério das Comunicações do Líbano afirmou que os dispositivos faziam parte de um lote que não é mais fabricado pela Icom.

A empresa japonesa, por sua vez, explicou que não é possível confirmar se o produto supostamente relacionado às explosões foi enviado pela empresa. Adicionalmente, as baterias necessárias para operar esses walkie-talkies, descontinuados há cerca de 10 anos, também já saíram de produção.

Medidas tomadas pela Icom

A Icom Inc destacou que todos os seus produtos exportados passaram por rigorosos processos regulatórios estabelecidos pelo governo japonês. Esse ponto é essencial para entender a complexidade do caso e a necessidade de uma investigação aprofundada.

  • Modelo do dispositivo envolvido: IC-V82
  • Data da descontinuação: há cerca de 10 anos
  • Processos regulatórios: rigorosos e definidos pelo governo japonês

Um dia após as primeiras detonações, novas explosões foram registradas no Líbano. A fonte de segurança da CNN confirmou que, assim como os walkie-talkies, pagers também explodiram na terça-feira, ferindo milhares de pessoas. Há informações de que Israel pode estar por trás desses ataques.

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