INSS tem comunicado importante sobre fraudes contra segurados

Na manhã da última quinta-feira (23), a Polícia Federal deflagrou uma operação contra um grupo envolvido em esquemas de fraudes contra o INSS. A ação resultou no cumprimento de mandados de prisão em várias localidades do Rio e Baixada Fluminense.

No Complexo do Alemão, próximo a Olaria, Zona Norte, houve um intenso tiroteio. Cerca de sete pessoas foram detidas e duas ainda estão sendo procuradas.

Moradores relataram a presença de um carro blindado da PF na comunidade. Devido ao confronto, quatro escolas municipais suspenderam as aulas. A Clínica da Família José Breves dos Santos e a CF Heitor dos Prazeres continuam atendendo a população, mas suspenderam atividades externas, como visitas domiciliares.

Operação Metamorfose

Esta é a segunda fase da Operação Metamorfose, envolvendo cerca de 50 policiais federais que cumprem oito mandados de prisão preventiva, um de prisão temporária e nove de busca e apreensão, expedidos pela 7ª Vara Federal Criminal do Rio. Na Baixada Fluminense, as cidades alvo são Nilópolis e Mesquita.

A primeira fase da operação ocorreu no início do ano passado, com a execução de 19 mandados de prisão preventiva e 18 de busca e apreensão contra membros do grupo criminoso que representavam legalmente beneficiários “fantasmas”.

A fraude causou um prejuízo de aproximadamente R$ 8 milhões ao INSS, valor que poderia ter alcançado R$ 12,3 milhões sem a intervenção da PF.

O esquema envolvia requerimentos de benefícios previdenciários em nome de pessoas fictícias ou a reativação de benefícios de pessoas falecidas com valores represados no INSS.

Nesta nova fase, a PF visa desmantelar completamente a organização criminosa, focando nas principais lideranças, incluindo um servidor da Autarquia Federal, para evitar futuros prejuízos ao INSS e seus beneficiários.

Como a quadrilha operava?

Segundo a PF, o grupo fraudava principalmente pensões por morte e o BPC-LOAS (Benefício de Prestação Continuada ao idoso hipossuficiente). Procuradores atuavam como representantes legais de titulares “fantasmas” ou falecidos, abrindo contas bancárias, sacando os valores e mantendo cartões para saques futuros. Alguns membros da quadrilha chegaram a forjar suas identidades para se apresentarem ao INSS.

Os criminosos enfrentarão acusações por organização criminosa, estelionato previdenciário, peculato eletrônico, falsidade ideológica, falsificação e uso de documentos falsos, com penas que podem totalizar até 36 anos e 8 meses de prisão.

O nome da operação, Metamorfose, reflete a forma como a quadrilha “transformava” as identidades dos criminosos para obter benefícios fraudulentos, em alusão ao termo grego “metamorphosis”, que significa transformação.

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