Golpe da rifa é mais um crime que ficou famoso entre influenciadores

O “golpe da rifa” tornou-se um dos crimes mais notórios nas redes sociais, envolvendo influenciadores digitais que usavam sua popularidade para atrair vítimas.

Recentemente, um casal de influenciadores de Canoas, Rio Grande do Sul, foi preso em um apartamento de luxo em Balneário Camboriú, Santa Catarina, sob a acusação de comandar um esquema fraudulento que gerou entre R$ 10 e R$ 11 milhões em dois anos.

O casal, identificado como Gladison Pieri e Pâmela Pavão, exibia nas redes sociais uma vida de luxo, sustentada por rifas ilegais de veículos, imóveis e outros prêmios que raramente chegavam aos ganhadores reais.

Golpe
Golpe da rifa é mais um crime que ficou famoso entre influenciadores 2

Como o Golpe da Rifa Funciona

O golpe consiste na criação de rifas online com prêmios de alto valor, como carros de luxo, casas e grandes quantias em dinheiro. No entanto, segundo a polícia, muitos dos vencedores tinham vínculos pessoais com os organizadores e recebiam quantias em dinheiro para simular a entrega dos prêmios.

Em alguns casos, nem sequer havia um vencedor; os números sorteados eram manipulados para garantir que ninguém levasse o prêmio, ou que ele fosse entregue a cúmplices do crime.

As autoridades revelaram que os sites utilizados para essas rifas possuem falhas de segurança que permitem a manipulação dos resultados. Em uma investigação, um promotor conseguiu criar uma rifa fictícia, onde ele próprio era o vencedor, comprovando a vulnerabilidade dessas plataformas.

Mesmo após serem presos, Gladison e Pâmela continuaram a promover novos sorteios, incluindo veículos que já haviam sido apreendidos pela polícia, o que gerou uma nova ordem de prisão preventiva, posteriormente revogada pela justiça.

Impacto e Desdobramentos Legais

O golpe não se limita ao casal gaúcho. Em Goiás, outro esquema de sorteios ilegais movimentou R$ 27 milhões em dois anos. Nessa operação, influenciadores conhecidos, como Sheila Mello e Henri Castelli, foram usados para promover os sorteios fraudulentos.

Embora a polícia tenha confirmado que os artistas não estavam envolvidos no golpe, sua imagem foi usada para dar credibilidade às rifas, enganando milhares de pessoas.

A investigação em Goiás resultou na prisão de nove membros da organização criminosa. Os líderes do esquema, identificados como Alessandro Oliveira Leal, Paulo Rogério Vieira e Marcilio Pereira dos Santos, agora enfrentam acusações graves, incluindo estelionato e lavagem de dinheiro.

As defesas dos acusados negam envolvimento nos crimes e esperam que as provas apresentadas sejam insuficientes para a condenação.

Este caso ressalta a importância de cautela ao participar de sorteios online, especialmente quando promovidos por influenciadores. A popularidade e a confiança depositada nessas figuras públicas podem ser facilmente manipuladas por criminosos para cometer fraudes em larga escala.

As autoridades continuam a investigar esses golpes e alertam para o risco de participar de rifas ilegais, que podem não só resultar em perda financeira, mas também em implicações legais para os envolvidos.

Deixe uma resposta

Seu endereço de email não será publicado.