No cenário atual, em que a relação entre instituições financeiras e beneficiários do INSS torna-se alvo de atenção e preocupação, a gerência-executiva do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) em Campo Grande foi confrontada com um relatório revelador na última quarta-feira, 31.
Este documento, gerado a partir de dados de atendimento e fiscalização do Procon-MS (Secretaria-Executiva de Orientação e Defesa do Consumidor), destaca uma série de denúncias e reclamações apresentadas pelos beneficiários em relação às práticas questionáveis de instituições financeiras.
Entre as alegações expostas pelos segurados do INSS, destacam-se práticas como a venda casada de produtos, desrespeito aos grupos de atendimento preferencial e prioritário nas agências, e a exigência de abertura de conta corrente para o recebimento do benefício. Adicionalmente, as denúncias permeiam os bancos responsáveis pelo pagamento dos benefícios do INSS, incluindo a oferta de empréstimos consignados.
Abordagem proativa
Durante uma reunião entre a gerência-executiva do INSS de Campo Grande, representada por Raimundo Martin Pereira Ruiz e João Paulo do Nascimento, chefe da seção de manutenção da gerência, e o secretário-executivo do Procon/MS, Angelo Motti, o relatório foi entregue para providências. O encontro foi uma oportunidade para discutir as ações necessárias para enfrentar as irregularidades apontadas.
Angelo Motti, secretário-executivo do Procon/MS, expressou a gravidade da situação ao afirmar: “Identificamos um movimento crescente no número de denúncias e reclamações relacionadas aos bancos que possuem contratos firmados com o INSS.” Esta constatação evidencia a necessidade urgente de uma abordagem proativa para coibir práticas prejudiciais aos beneficiários do INSS por parte das instituições financeiras parceiras.
Comprometendo-se com a transparência e a defesa dos direitos dos beneficiários, o Procon/MS acordou em encaminhar relatórios mensais ao INSS, fornecendo um acompanhamento contínuo das denúncias e reclamações relacionadas às instituições bancárias que atendem à autarquia federal.
Esta medida visa não apenas responsabilizar as instituições envolvidas, mas também fortalecer a fiscalização e promover um ambiente mais justo e ético para os beneficiários do INSS.