É dessa forma que a polícia descobre ponto eletrônico em concursos

Cinco candidatos foram detidos pela Polícia Federal durante o concurso público da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE). Eles foram flagrados utilizando equipamentos de radiofrequência, conhecidos como “pontos eletrônicos”, para tentar fraudar o exame.

As prisões ocorreram após o fim das provas, realizadas em dois prédios universitários no Recife. Os candidatos foram acusados de fraude em certame de interesse público, crime que prevê pena de 1 a 4 anos de reclusão, além de multa.

Entre os detidos, um deles também foi flagrado com um documento falso, utilizado para fazer a prova no lugar de outro candidato. Esse ato configura o crime de uso de documento falso, que pode levar a uma pena de 2 a 6 anos de reclusão, além de multa.

O concurso da UFRPE oferecia vagas para cargos de níveis técnico e superior, com remunerações que variavam entre R$ 2.667,19 e R$ 4.556,92.

Dos cinco detidos, quatro pagaram fiança e vão responder ao processo em liberdade. O candidato que utilizou o documento falso passará por uma audiência de custódia para definir sua situação.

Como a polícia descobre ponto eletrônico em concursos?

A polícia utiliza várias técnicas e ferramentas para identificar o uso de pontos eletrônicos em concursos. Alguns dos métodos mais comuns incluem:

Detecção de radiofrequência: Equipamentos especializados são usados para detectar sinais de radiofrequência emitidos pelos pontos eletrônicos. Esses aparelhos, chamados de detector de RF (Radiofrequência), capturam sinais suspeitos que podem indicar a presença de dispositivos de comunicação.

Uso de bloqueadores de sinal: Também conhecidos como jammers, esses dispositivos bloqueiam ou interrompem sinais de comunicação, como aqueles usados por pontos eletrônicos. Ao bloquear sinais de celular, Wi-Fi e rádio, esses aparelhos impedem a troca de informações entre o candidato e o cúmplice.

Varredura física: A polícia e os fiscais podem realizar revistas pessoais nos candidatos, procurando equipamentos como fones de ouvido minúsculos, microcâmeras, dispositivos escondidos em roupas, calçados, óculos ou outros acessórios.

Monitoramento por câmeras: Em muitos concursos, há um sistema de câmeras de segurança que monitora os candidatos durante a prova. Comportamentos suspeitos, como movimentos repetidos ou ações que sugerem o uso de equipamentos eletrônicos, podem ser identificados por monitores.

Inspeção eletrônica: Em casos suspeitos, a polícia pode realizar uma inspeção mais detalhada em candidatos que apresentem comportamento estranho, utilizando dispositivos de raios-X portáteis ou detectores de metais para localizar equipamentos escondidos.

Treinamento de fiscais: Fiscais de provas são treinados para identificar comportamentos atípicos, como o movimento frequente das mãos perto dos ouvidos, a colocação de objetos suspeitos na boca ou a distração durante o exame. Esses sinais podem indicar o uso de pontos eletrônicos.

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