Descoberta chocante muda toda a história da América do Sul

Arqueólogos na Argentina fizeram uma descoberta revolucionária que pode reescrever a história da ocupação humana nas Américas. Novas evidências sugerem que o Homo sapiens esteve presente na região sul do continente há cerca de 21 mil anos, muito antes do que se acreditava anteriormente.

Os registros foram encontrados em fósseis de um gliptodonte, um parente gigante dos tatus, e indicam que esses antigos humanos caçavam esses grandes mamíferos para se alimentar.

Descoberta
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A descoberta e sua importância histórica

Os fósseis estudados foram encontrados em um banco de terra próximo ao Rio Reconquista, nos arredores de Buenos Aires, na região nordeste dos Pampas argentinos.

As marcas de ferramentas de pedra encontradas nas ossadas de um gliptodonte do gênero Neosclerocalyptus, que pesava cerca de 300 kg, são as evidências mais antigas conhecidas de interação entre humanos e megafauna na América do Sul.

A análise das marcas, que foram feitas em partes específicas como a pélvis, cauda e armadura do animal, sugere uma sequência lógica de abate, indicando um movimento consciente e coordenado que seria impossível de ser realizado por animais carnívoros.

Os pesquisadores utilizaram a técnica de datação por radiocarbono para determinar a idade dos fósseis, concluindo que eles têm entre 21,090 e 20,811 anos. Este período é significativamente anterior à hipótese mais aceita de que os primeiros americanos chegaram ao continente cerca de 13 mil anos atrás através de uma ponte terrestre entre a Sibéria e o Alasca.

Essa nova evidência, se confirmada, pode indicar que a presença humana na América do Sul ocorreu pelo menos 5 mil anos antes do que se pensava anteriormente, abrindo novas perspectivas sobre as migrações e o desenvolvimento humano no continente.

Implicações para a história da ocupação humana

A descoberta desafia as teorias convencionais sobre a chegada dos primeiros humanos às Américas e sugere que o Homo sapiens poderia ter se espalhado pelo continente de maneiras e em tempos diferentes dos previamente considerados.

Estudos anteriores em várias regiões das Américas já indicavam que a presença humana poderia datar de até 16 mil anos, mas a nova evidência na Argentina leva essa data ainda mais para trás.

Para confirmar definitivamente a presença humana, os pesquisadores planejam realizar análises mais detalhadas das amostras e novas datações por radiocarbono. Um aspecto crucial que ainda falta é a descoberta das ferramentas de pedra utilizadas pelos Homo sapiens no abate dos gliptodontes.

Encontrar essas ferramentas seria uma confirmação poderosa da presença humana e ajudaria a entender melhor os hábitos e habilidades desses antigos habitantes da América do Sul.

A investigação continua e promete trazer mais revelações sobre os primeiros passos da humanidade no continente. Enquanto isso, a descoberta já está mudando a forma como entendemos a ocupação das Américas, desafiando as teorias tradicionais e abrindo novas linhas de pesquisa sobre a história da humanidade.

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