Concurso Unificado: O carnaval acabou, saiba as dicas de estudo pra aprovação

O Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI) divulgou que o Concurso Público Nacional Unificado, também chamado como “Enem dos Concursos”, registrou um número recorde de inscrições, totalizando 2,65 milhões de inscritos.

Esses dados foram anunciados no último sábado, após o encerramento das inscrições na sexta-feira (9).

Esse concurso, que oferece 6.640 vagas distribuídas entre 21 órgãos públicos federais, marca uma inovação no processo de seleção de servidores, pois envolve a realização conjunta de provas em 220 cidades do país, no dia 5 de maio.

Os editais preveem também a formação de um cadastro reserva com pelo menos o dobro do número de vagas disponíveis.

A ministra da Gestão, Esther Dweck, expressou sua satisfação com a quantidade expressiva de inscritos no certame, que está sob responsabilidade da Fundação Cesgranrio e tem previsão de divulgação do resultado final para 30 de julho.

“Estamos felizes pelo sucesso dessa inovação no serviço público que é o concurso nacional unificado. Boa sorte e bons estudos a todas as pessoas inscritas. Vamos agora construir um serviço público com a cara do Brasil!”, enfatiza Dweck.

Como se preparar para o “Enem dos Concursos”? Veja dica de professores

Na seção dedicada às carreiras de nível médio, uma mudança importante é a inclusão do conhecimento sobre a realidade brasileira, abrangendo temas como políticas públicas, direitos humanos, diversidade, inclusão e meio ambiente.

Gabriel Henrique Pinto, diretor e professor da Central de Concursos, destaca a necessidade de uma revisão cuidadosa dos conteúdos para aqueles que deixaram os estudos de lado durante o período festivo.

“A recapitulação pode ser feita por meio de exercícios de fixação, bem como também pela leitura de resumos e mapas mentais. Depois disso, é fundamental focar os estudos nos demais tópicos do conteúdo programático de cada disciplina. No entanto, não basta só ler a teoria”, explicou o diretor em uma extrevista ao Extra.

Apesar da revisão ser indispensável, se faz necessário praticar e conhecer todos os detalhes da banca examinadora: “É fundamental também praticar. É indispensável realizar exercícios de fixação e, sobretudo, provas anteriores da Cesgranrio, que é a organizadora do concurso”, enfatiza Pinto.

Questões discursivas

Além das provas objetivas, os candidatos também enfrentarão questões discursivas. Para os candidatos de nível superior, dependendo do bloco temático escolhido, haverá apenas uma questão discursiva. A avaliação será dividida igualmente entre a análise do conteúdo e o uso correto da língua portuguesa.

Conforme a data da prova se aproxima, Gabriel Henrique Pinto sugere que o tempo de estudo seja dedicado mais à resolução de questões do que à revisão teórica.

“Sugiro também que, sobretudo faltando cerca de 45 dias para as provas, os candidatos passem a realizar, se possível todas as semanas, um simulado. Além de ser uma forma de mensurar os conhecimentos sobre todas as disciplinas que serão cobradas nas provas, ele também estará treinando ‘gestão de tempo’ (para responder às questões e preencher o cartão-resposta) e se preparando psicologicamente para tudo o que envolve o dia do concurso”, destaca Guilherme.

Divisão em blocos temáticos

O novo formato de seleção do Concurso Nacional Unificado permite que os participantes concorram a múltiplos cargos dentro de uma área específica. As vagas foram organizadas em oito blocos, com sete para cargos de nível superior e um para nível médio. São eles:

  1. Infraestrutura, Exatas e Engenharias (727 vagas)
  2. Tecnologia, Dados e Informação (597 vagas)
  3. Ambiental, Agrário e Biológicas (530 vagas)
  4. Trabalho e Saúde do Servidor (971 vagas)
  5. Educação, Saúde, Desenvolvimento Social e Direitos Humanos (1.016 vagas)
  6. Setores Econômicos e Regulação (359 vagas)
  7. Gestão Governamental e Administração Pública (1.748 vagas)
  8. Nível Intermediário (692 vagas)

Cada bloco possui cinco eixos temáticos, com pesos diferentes definidos por cada órgão. Isso significa que, embora os cargos estejam agrupados em um mesmo bloco, os conteúdos cobrados terão pesos distintos, dependendo do cargo selecionado.

Victor Dalton, fundador e diretor do Direção Concursos, aconselha os candidatos determinados a participar do processo seletivo.

“Como o conteúdo programático é radicalmente diferente do que vimos nos concursos na última década, o ideal é ter uma rotina de estudos de modo a passar por todas as matérias ao longo de uma semana. Desta forma, o candidato sempre estará em contato com todo o conteúdo do concurso. Assim, ele diminui as chances de esquecer a matéria à medida que avança nos estudos”.

Análise de títulos

Além das provas, muitos cargos incluem uma fase de análise de títulos, que é classificatória. Portanto, é fundamental que os candidatos tenham todos os documentos necessários para comprovar suas qualificações.

Victor Tanaka, especialista em Concursos Públicos do Estratégia Concursos, destaca a importância de focar na preparação para o estilo de prova aplicado pela banca.

Ele também recomenda dedicar atenção especial às matérias inéditas, aquelas que o candidato nunca estudou e que têm um peso significativo.

“A tendência é a de que a banca, inevitavelmente, acabe repetindo formas de cobrança de conteúdos prévios, nem que seja a maneira interpretativa da questão. Então, é fundamental a resolução de muitas questões da banca Cesgranrio. E, ao mesmo tempo, aliar com revisões periódicas. Numa reta final, eu recomendo menos aquela revisão do dia seguinte e mais aquela revisão semanal ou por blocos”, explicou Tanaka.

Deixe uma resposta

Seu endereço de email não será publicado.