CIA teria livro proibido que mostra quando seria o fim da humanidade

Intitulado “A História de Adão e Eva: A Era dos Cataclismos”, o texto foi mantido em segredo pela Agência Central de Inteligência (CIA) por décadas antes de ser desclassificado parcialmente em 2013. Mas o livro, escrito pelo autor americano Chan Thomas em 1960, ganhou popularidade nas redes sociais e entre os entusiastas das teorias conspiratórias.

O ensaio polêmico apresenta uma hipótese sobre um ciclo de destruição em massa que, segundo Thomas, poderia prever cataclismos capazes de ameaçar a humanidade. Desde então, a obra tem sido usada por influenciadores para alegar desastres naturais e ações políticas iminentes.

Chan Thomas, que se autodenominava ex-funcionário da Força Aérea dos Estados Unidos, propôs que os polos magnéticos da Terra se invertem a cada 6,5 mil anos, causando extinções em massa. Ele acreditava que esse fenômeno já havia provocado grandes cataclismos na história, como o dilúvio de Adão e Eva e o de Noé.

No entanto, segundo Thomas, um terceiro cataclismo estaria próximo de ocorrer. Em janeiro de 2024, essa teoria foi debatida no popular podcast “Joe Rogan Experience”, onde o youtuber Jimmy Corsetti discutiu as anomalias naturais, como o aquecimento global e a crise alimentar, que poderiam ser explicadas pela inversão dos polos magnéticos.

A discussão rapidamente viralizou, alcançando milhões de visualizações e intensificando o frenesi entre os seguidores das teorias conspiratórias.

O podcast “Joe Rogan Experience”, com mais de 20 milhões de visualizações entre janeiro e fevereiro de 2024, trouxe à tona várias alegações de Thomas, gerando grande repercussão. Influenciadores citaram eventos naturais inexplicáveis e crises ambientais como evidências de que o ciclo de destruição proposto por Thomas estava se aproximando, o que aumentou ainda mais o interesse pelo livro e suas teorias.

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CIA revela a ciência por trás das alegações

Apesar da popularidade da teoria de Chan Thomas, cientistas renomados a consideram infundada. Martin Mlynczak, pesquisador principal do Centro de Pesquisa Langley da NASA, afirmou ao site The Verge que “alegações extraordinárias requerem provas extraordinárias” e que não há evidências científicas que sustentem a associação entre a mudança do campo magnético e as mudanças climáticas.

Segundo ele, se cataclismos ocorressem a cada 6,5 mil anos, a quantidade de energia liberada seria visível e documentada. Ele também mencionou que a última glaciação repentina, há cerca de 12 mil anos, não está ligada à inversão dos polos magnéticos como sugerido por Thomas.

Outros cientistas destacaram que não há registros de que o clima da Terra tenha sido significativamente afetado pelas últimas três excursões do campo magnético nos últimos 2,8 milhões de anos. A falta de provas concretas enfraquece a teoria de Thomas, classificando-a como desprovida de fundamento científico.

Eventos históricos, como a glaciação repentina, ainda desafiam a comunidade científica, mas não são atribuídos à inversão dos polos magnéticos.

Impacto das Teorias Conspiratórias na Sociedade

A popularidade das teorias conspiratórias sobre o fim dos tempos, alimentada pela desclassificação parcial do livro de Chan Thomas, ressalta a influência das redes sociais e dos influenciadores digitais. A disseminação rápida dessas ideias, sem a devida análise crítica, pode gerar medo e desinformação entre o público.

É essencial que os consumidores de conteúdo mantenham um olhar crítico e busquem fontes confiáveis para verificar informações, especialmente quando se trata de alegações extraordinárias.

A discussão sobre o livro de Thomas mostra a importância da ciência e da pesquisa rigorosa para entender os fenômenos naturais e evitar a propagação de teorias infundadas.

Embora as ideias de Thomas tenham ganhado popularidade, a comunidade científica continua a enfatizar a necessidade de provas concretas e a importância da base científica para qualquer alegação sobre o futuro da humanidade.

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