CadÚnico arranca 3,7 milhões de inscritos por irregularidades no cadastro

O governo federal retirou 3,7 milhões de pessoas que estavam de forma irregular em programas sociais vinculados ao Cadastro Único (CadÚnico), conforme anunciado pelo ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias, nesta quarta-feira (7).

Entre os programas impactados estão o Bolsa Família, a Tarifa Social de Energia Elétrica e o Benefício de Prestação Continuada (BPC).

As exclusões fazem parte de um esforço do governo para modernizar o sistema e combater fraudes nos programas sociais.

Atualmente, cerca de 92 milhões de brasileiros de baixa renda estão cadastrados no CadÚnico, o que permite o acesso a uma série de benefícios oferecidos pelo governo federal.

Irregularidades e exclusões

O ministro Wellington Dias destacou que as exclusões foram realizadas após a identificação de pessoas que não se enquadravam nos critérios exigidos. “Nós encontramos muita gente que estava ilegalmente. Pessoas com renda de R$ 10 mil por mês, e ali recebendo. Então quem não tem o direito, sai. Quem tem o direito, fica”, afirmou o ministro.

Antes de qualquer cancelamento de benefício, o governo realiza uma triagem detalhada, que passa pela Caixa Econômica Federal e é revisada com base em cruzamentos de dados com outros órgãos federais.

Dados do Tribunal de Contas da União (TCU), divulgados no ano passado, apontam que o valor estimado de pagamentos irregulares contabilizados no Bolsa Família poderia chegar a R$ 34 bilhões até dezembro de 2023.

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