Alfabeto perdido com pequenos provérbios de culto é encontrado por cientistas

Uma recente análise arqueológica revelou a existência de um alfabeto até então desconhecido, possivelmente criado por uma civilização bíblica de 3.000 anos.

A descoberta foi feita a partir de 15 tábuas encontradas em 1964, agora atribuídas aos cananeus, uma antiga população do Oriente Médio que viveu até o século 8 a.C.

Descoberta em assentamento antigo

O material foi escavado em um antigo assentamento em Deir ‘Alla, no Vale do Jordão, Jordânia. Os cananeus, que habitaram a região conhecida como “Terra Prometida” de 3500 a.C. a 1200 a.C., são mencionados frequentemente no Antigo Testamento.

Após a saída dos israelitas do Egito, os cananeus foram conquistados durante uma série de guerras no século XIII a.C.

Características do alfabeto

Publicado na American Society of Overseas Research, o estudo revela que as tábuas cananeias apresentam 29 símbolos distintos, incluindo pontos, barras verticais e desenhos abstratos.

A escrita, realizada da esquerda para a direita, sugere que as inscrições podem ser provérbios rituais vinculados ao templo onde foram encontradas.

Contexto histórico

As tábuas datam da Idade do Bronze, período em que os cananeus ocupavam o Levante Meridional — abrangendo áreas do atual Israel, Gaza, Cisjordânia, Jordânia, Líbano e partes da Síria.

O templo de Deir ‘Alla, onde as tábuas foram descobertas, foi destruído durante um período de grande devastação entre os séculos XIII e XII a.C.

Significado das inscrições

As análises iniciais indicam que as inscrições podem conter “declarações rituais” e “provérbios poéticos”, possivelmente utilizados em cerimônias religiosas. Contudo, mais estudos são necessários para decifrar completamente o conteúdo das tábuas.

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