Adolescente caiu de avião e contou como fez para sobreviver na floresta amazônica

Em 24 de dezembro de 1971, no Peru, um avião da companhia aérea Lansa partiu de Lima em direção a Iquitos. O voo, no entanto, nunca chegou ao seu destino final. Entre os passageiros estava a germano-peruana Juliane Koepcke, de 17 anos, que viajava com sua mãe para passarem o Natal com seu pai em uma estação de pesquisa na selva amazônica perto de Pucallpa.

Após pouco mais de 30 minutos de voo, a aeronave foi atingida por um relâmpago durante uma tempestade severa, desintegrando-se a 3 mil metros de altura. Milagrosamente, Juliane sobreviveu a essa queda, encontrando-se sozinha e ferida em meio à densidade da floresta amazônica.

Como Juliane sobreviveu na Selva Amazônica?

Só três meses depois do incidente é que Juliane desembarcou na Alemanha, terra de seus pais, onde foi recebida com grande interesse pela mídia. Sua história chocante foi contada por ela mesma em várias entrevistas.

Apesar de ter sofrido uma concussão grave, fraturas e diversos cortes, Juliane não se entregou ao desespero. Utilizando os conhecimentos adquiridos durante sua estadia de 18 meses na estação de pesquisa biológica de Panguana, ela soube se comportar para sobreviver na selva. Machucada, usando apenas um minivestido de verão e uma sandália, ela seguiu caminhando pela floresta.

Ela encontrou doces em um saco plástico que ajudaram a sustentar-se por quatro dias. Sem mais comida, a única opção foi seguir um riacho onde encontrava água. Durante sua caminhada, ela avistou detritos do avião, como assentos cravados no solo e corpos de passageiros, o que aumentou sua determinação em continuar.

O resgate de Juliane Koepcke

No décimo dia, extremamente fraca e sem esperanças, Juliane encontrou um barco à beira de um rio e subiu por um pequeno caminho que levava a uma cabana. Foi lá que encontrou pescadores que a resgataram, cuidaram de suas feridas e a transportaram de volta à civilização. Ela foi levada de avião a um hospital em Pucallpa, onde reencontrou seu pai e recebeu tratamento médico adequado.

Após o resgate, as autoridades peruanas confirmaram que 14 pessoas haviam sobrevivido à queda do avião, mas infelizmente faleceram devido aos ferimentos e à impossibilidade de receberem socorro a tempo. A investigação concluiu que o acidente foi causado por erro humano, com o piloto não retornando a Lima conforme os protocolos por conta da tempestade.

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