China quer encontrar segunda versão da Terra e avança na corrida espacial

Em um movimento para expandir os horizontes da exploração espacial, a China anunciou planos para lançar, em 2028, uma missão ambiciosa conhecida como Earth 2.0. Este projeto visa descobrir um planeta semelhante à Terra, com condições que possibilitem a vida, orbitando uma estrela parecida com o Sol.

Esta empreitada representa uma continuação dos esforços iniciados pela NASA com a missão Kepler. Apesar do sucesso desta última, ela não conseguiu encontrar um planeta idêntico à Terra em todos os aspectos.

A missão Earth 2.0, liderada pelo Observatório Astronômico de Xangai, vinculado à Academia Chinesa de Ciências, foi detalhada em uma publicação recente no Chinese Journal of Space Science (CJSS). Esta missão inovadora almeja monitorar um vasto número de estrelas à procura de planetas que possam manter vida.

O telescópio ET, como é conhecido o equipamento central da missão, contará com seis telescópios menores, cada um de 28 centímetros, permitindo uma observação detalhada de aproximadamente 2 milhões de estrelas ao longo de quatro anos. Esta configuração garante um nível de precisão significativamente superior ao do telescópio Kepler.

Além disso, a posição do ET em uma órbita ao redor do Sol, semelhante às órbitas dos telescópios Gaia e James Webb, permitirá uma ampliação de seu campo de visão e uma sensibilidade que superará suas predecessoras.

Diferenciais tecnológicos do telescópio ET

O grande trunfo do telescópio ET é sua capacidade única de detectar não apenas planetas semelhantes à Terra, mas também exoplanetas errantes, que vagam pelo espaço sem estarem presos a uma estrela. Para isso, será utilizado um telescópio adicional de 35 cm, dedicado à identificação de microlentes gravitacionais.

Microlentes gravitacionais são fenômenos onde objetos menores no espaço profundo amplificam a luz de estrelas mais distantes ao passarem à sua frente.

Com essas técnicas, a missão Earth 2.0 pode revolucionar a astronomia moderna, permitindo um censo mais detalhado de exoplanetas errantes, que até hoje continuam um mistério para os cientistas.

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