Os unicórnios já existiram na Terra (e são bem diferentes dos contos de fadas)

É cientificamente comprovado que os “unicórnios” existiram de verdade, mas não do jeito que você deve estar imaginando. O termo foi usado para nomear uma besta de 3,5 toneladas bem diferente da criatura alada que vemos nas histórias de fantasia: o Elasmotherium, uma espécie de rinoceronte gigante que viveu na Eurásia e ganhou o nome de “unicórnio da Sibéria”.

Ao contrário do que costumamos imaginar, sua aparência não era como nos contos de fadas. O Elasmotherium foi uma espécie de rinoceronte gigante apelidada de “unicórnio da Sibéria” graças ao seu chifre, que podia alcançar cerca de 2 metros de comprimento.

Estimava-se que a espécie havia sido extinta há aproximadamente 200 mil anos, mas um estudo recente descobriu que o unicórnio chegou a conviver com os humanos modernos. Os pesquisadores indicam que a espécie só entrou em extinção há cerca de 39 a 35 mil anos.

Como o “unicórnio da sibéria” foi descoberto

Um fóssil ajudou a corrigir a data de extinção do “unicórnio da Sibéria”. Com um chifre que podia alcançar quase 2 metros de comprimento, a espécie era considerada extinta há cerca de 200 mil anos. Porém, graças a um estudo publicado na Nature Ecology & Evolution, descobrimos que, na verdade, os unicórnios da Sibéria chegaram a conviver com os seres humanos modernos, tendo sobrevivido até ao menos 39 mil anos atrás.

Os pesquisadores acreditam que a extinção do unicórnio da Sibéria tenha acontecido por conta das mudanças ambientais. Outros fatores incluem:

  • Baixo alcance geográfico
  • Tamanho populacional pequeno
  • Lenta taxa de reprodução

Esses fatores combinados teriam predisposto a espécie à extinção diante das mudanças ambientais. A pressão da caça humana pode ter exacerbado essa extinção, especialmente considerando a substituição do Homo neanderthalensis pelo Homo sapiens na Eurásia.

A descoberta foi feita graças a um crânio de Elasmotherium datado em menos de 40 mil anos. Junto a uma série de outros fósseis descobertos por pesquisadores da Rússia e da Holanda, o espécime, que atualmente está no Museu de História Natural de Londres, ajudou a corrigir a estimativa de extinção dos unicórnios da Sibéria para cerca de 39 a 35 mil anos atrás – coincidindo com a extinção dos neandertais.

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