Alerta: novo golpe está fazendo milhares de vítimas perderem dinheiro

A descoberta de uma doença grave é sempre um momento delicado para todos os envolvidos. Infelizmente, algumas pessoas têm explorado essa sensibilidade para aplicar golpes, promovendo falsas campanhas de arrecadação. Em Goiás, ao menos três casos recentes chamaram a atenção, demonstrando como a boa-fé das pessoas pode ser manipulada para obtenção de benefícios ilícitos.

Casos divulgados pelo portal Metrópoles mostram que os suspeitos desviavam os valores arrecadados para fins como procedimentos estéticos, ao invés dos tratamentos que alegavam necessitar. 

Golpes envolvendo doenças graves em Goiás

O caso mais recente envolve Kamilla Morgana, uma mulher de 29 anos, presa em Aparecida de Goiânia por estelionato. Kamilla fingia ter câncer terminal e lúpus para sensibilizar amigos, familiares e conhecidos. A suspeita usava uma bandana na cabeça para simular os efeitos de um tratamento quimioterápico, enquanto ostentava uma vida de luxo nas redes sociais.

De acordo com a Polícia Civil, Kamilla confessou os golpes, admitindo que usava o dinheiro arrecadado para procedimentos estéticos. Até mesmo a escola da filha da suspeita participou das arrecadações, realizando transferências via Pix. A atuação fraudulenta da mulher mobilizou parentes e amigos, que inicialmente não desconfiavam das intenções dela.

Como evitar ser vítima de golpes envolvendo doenças

A prática de usar doenças falsas para obter doações é cruel e deplorável. No entanto, existem algumas maneiras de se proteger e validar a autenticidade das campanhas:

• Verifique a autenticidade: Pesquise sobre a pessoa e, se possível, entre em contato direto com os envolvidos.
• Desconfie de informações confusas: Se a história parece confusa ou não há documentação médica, redobre a atenção.
• Doações diretas ao hospital: Prefira fazer doações diretamente para instituições de saúde ou através de campanhas organizadas por entidades reconhecidas.

Influencer sob investigação por desvio de doações

Ainda em Goiás, outro caso envolve o influencer Igor Viana e sua filha Sofia, de 2 anos, que tem paralisia cerebral. A Polícia Civil investiga Igor por desvio de doações e maus-tratos. Há denúncias de que tanto ele quanto a mãe da criança, Ana de Santi, teriam usado o dinheiro das doações para fins pessoais, incluindo tratamentos estéticos.

A delegada Aline Lopes confirmou que há suspeitas de cirurgia plástica realizada com o dinheiro que deveria ser destinado ao cuidado da criança. Este caso também está sendo investigado para descobrir se os pais utilizam a condição da filha como forma de arrecadar dinheiro, sem destinar a devida quantia aos tratamentos necessários.

Investigada por fingir leucemia e aplicar golpes

A camareira Débora Barros dos Santos, de 26 anos, também enganou diversas pessoas ao fingir leucemia. Segundo a Polícia Civil, Débora teria recebido cerca de R$ 12 mil em doações, organizando rifas e recebendo contribuições para um suposto tratamento.

Débora teria usado sangue falso e fotos com curativos para sensibilizar colegas de trabalho e membros da comunidade. A fraude foi percebida quando uma das vítimas denunciou o comportamento suspeito. As investigações revelaram que a camareira nunca apresentou diagnósticos médicos que comprovassem a doença alegada.