Estes aparelhos de academia podem dar doenças como micose, gripe e diarreia

Além de despertar incômodo, a presença constante do suor nas superfícies também favorece a contaminação. De acordo com um estudo realizado por pesquisadores da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), as práticas de limpeza e desinfecção realizadas nas academias não são suficientes para evitar a contaminação cruzada entre os usuários.

A pesquisa mapeou também os equipamentos mais infectados:

  • Hack para agachamento
  • Barra para agachamento
  • Leg press
  • Halteres
  • Voador (equipamento para treino de peitoral)

André Alvim, professor de enfermagem da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) e um dos autores do estudo, explicou que o contato frequente das mãos e de partes do corpo que suam muito com os aparelhos favorecem a contaminação.

“Na academia a gente lida com o invisível, com microrganismos, bactérias e fungos que têm facilidade para se reproduzir nesse ambiente”, analisou Alvim ao G1. O pesquisador ainda complementou que micose, gripe e diarreia estão entre as doenças com maior risco de serem contraídas na academia.

O estudo da UFJF, publicado na revista científica “Journal of Human Environment and Health Promotion”, realizou três tipos de testes para analisar o potencial de contaminação nas academias.

Como os testes foram realizados

Alvim explica que os testes consistiam em:

  • Inspeção visual – análise visual das superfícies com preenchimento de um formulário com pontos a serem observados. Detectou a presença de sujeira mais visível, como pó, suor ou algum outro tipo de secreção;
  • Fluorescência – com a utilização de um produto com marcador fluorescente foi simulado a presença de germes na superfície. Capaz de detectar a contaminação não visível, como bactérias e vírus;
  • Teste de proteína – avaliação da presença de proteínas na superfície. As proteínas podem ser de várias origens incluindo secreção, proteínas da pele e suor.

De acordo com o pesquisador, os aparelhos que testaram positivo em qualquer um dos três testes foram reprovados, indicando a possível contaminação por meio desses aparelhos.

Como prevenir a contaminação nas academias

Para evitar a contaminação, os especialistas explicam que as medidas devem ser de responsabilidade tanto das academias quanto dos usuários. No caso das academias, as principais ações incluem:

  • Fornecimento de papel toalha e álcool para que quem treina possa limpar os equipamentos antes e depois do uso;
  • Fácil acesso a banheiros e pias para que o usuário possa lavar as mãos com água e sabão;
  • Limpeza periódica dos ambientes de treino, com o uso de produtos próprios para a desinfecção de equipamentos de academia;
  • Disposição de cartazes e orientações que recomendem a higienização por parte dos frequentadores.

Com relação aos usuários, especialistas listam 4 dicas que ajudam a evitar a contaminação:

  • Higienizar as mãos – Lavar as mãos com água e sabão ou com álcool em gel é essencial. A limpeza deve ser feita ao chegar e ao sair da academia.
  • Limpar os equipamentos – Desinfetar os equipamentos antes e após o uso com álcool e papel toalha disponibilizados pela academia.
  • Levar uma toalha de uso individual – Levar uma toalha para secar o suor e cobrir os equipamentos durante o uso.
  • Evitar ir à academia doente – Não ir à academia se estiver doente para evitar a disseminação de vírus e bactérias.
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