Esta é a morte mais misteriosa nunca solucionada no Brasil

A morte de Geralda Lúcia Ferraz Guabiraba, ocorrida em 13 de janeiro de 2012, continua envolta em mistério e controvérsias. Encontrada sem a pele do rosto e sem os olhos em um local conhecido como “Pedra da Macumba” em Mairiporã, São Paulo, o caso que chocou o país é um enigma que desafia a lógica e a perícia policial.

Com 54 anos, Geralda era casada, mãe de dois filhos, e enfrentava uma batalha contra a depressão. Sua morte, inicialmente tratada como um possível suicídio, levantou diversas teorias e revelou falhas significativas na investigação.

Morte segue um mistério
Esta é a morte mais misteriosa nunca solucionada no Brasil 2

Detalhes da morte e investigação do caso

Geralda foi vista pela última vez pelas câmeras de segurança de seu condomínio, saindo com uma sacola contendo uma garrafa e um copo. Na noite do ocorrido, ela dirigiu até a Pedra da Macumba, onde foi encontrada morta algumas horas depois.

A Polícia Militar, acionada por um casal que encontrou o corpo, constatou que Geralda estava sem vida, deitada de barriga para cima, com um escapulário no pescoço, sem vestígios de sangue, e com a pele do rosto e os olhos arrancados. No carro, foram encontrados um copo de alumínio e uma garrafa plástica com uma substância branca.

As investigações iniciais sugeriram que Geralda foi sedada, morta com um corte profundo no pescoço e depois teve o rosto desfigurado. A presença de objetos religiosos e o local do crime levantaram a hipótese de um ritual macabro.

No entanto, a falta de evidências concretas levou a um inquérito que concluiu, erroneamente, que a morte foi causada por envenenamento e os ferimentos foram atribuídos a roedores. Esse laudo inicial foi contestado e, após a exumação do corpo, concluiu-se que a verdadeira causa da morte foi o corte no pescoço.

Falhas na Perícia e Teorias Alternativas

A investigação do caso de Geralda foi marcada por uma série de erros e omissões. Objetos importantes encontrados no carro da vítima não foram apreendidos de imediato e só foram recolhidos após alertas da polícia.

O laudo do local, entregue com meses de atraso, apresentava muitas lacunas e respostas às indagações da polícia foram consideradas debochadas e irresponsáveis. As falhas na coleta de provas e a demora na apresentação de laudos geraram especulações e teorias alternativas.

Uma das teorias exploradas foi a possibilidade de um ritual de magia, dado o histórico do local onde o corpo foi encontrado e a condição do cadáver. Outra teoria sugeria que Geralda poderia ter solicitado a própria morte em um ato desesperado de devoção a Santa Luzia, de quem era fervorosa devota.

Santa Luzia foi assassinada com um golpe no pescoço e teve os olhos retirados, similar ao que ocorreu com Geralda. Testemunhas relataram ter visto um homem dirigindo o carro de Geralda, mas essas declarações foram conflitantes e não levaram a uma conclusão definitiva.

A investigação foi finalmente arquivada, mas a Polícia Civil de São Paulo recomendou que irregularidades funcionais e possíveis crimes cometidos por peritos e legistas fossem apurados. O caso de Geralda Guabiraba permanece uma das mortes mais misteriosas e não solucionadas do Brasil, um verdadeiro enigma que continua a desafiar a justiça e a ciência forense.

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