Este produto popular para crianças é considerado carcinogênico pela OMS

A recente classificação do talco como potencialmente carcinogênico para humanos pela Organização Mundial da Saúde (OMS) tem despertado preocupações globais. O alerta, emitido no último dia 5, provém de uma investigação conduzida por um grupo internacional de cientistas e foi detalhado na renomada revista The Lancet Oncology.

O grupo responsável pelo estudo, composto por 29 especialistas de 13 diferentes nações, concluiu que há evidências consistentes do risco do talco, especialmente relacionadas ao desenvolvimento de câncer de ovário. Essa descoberta sugere uma revisão urgente das regulamentações e do uso do talco em produtos de consumo diário, especialmente cosméticos e pós corporais.

O que motivou a OMS a classificar o talco como carcinogênico?

Essa decisiva classificação surgiu após análises minuciosas de diferentes estudos, tanto em humanos quanto em animais. Nos estudos humanos, foi observado um aumento significativo na ocorrência de câncer de ovário entre mulheres que utilizaram talco na região perineal. Adicionalmente, experimentos em laboratório com roedores também mostraram um aumento de neoplasias após a exposição ao talco.

O estudo revela duas principais formas de exposição ao talco que podem ser prejudiciais. A primeira está no ambiente industrial, onde trabalhadores enfrentam a exposição direta durante o processo de extração e processamento do mineral. A segunda forma de exposição acontece através do uso pessoal de produtos que contém talco, principalmente cosméticos e pós para o corpo.

Os próximos passos na pesquisa sobre o talco

Embora os resultados indiquem uma correlação clara entre o uso de talco e o aumento no risco de câncer, os estudos conduzidos têm uma natureza observacional. Isso significa que ainda são necessárias mais pesquisas para estabelecer uma ligação causal definitiva. A International Agency for Research on Cancer, afiliada à OMS, planeja a publicação de uma lista completa de agentes cancerígenos em 2025, que incluirá novas pesquisas sobre o talco.

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