5 grandes bancos são citados em polêmica da Americanas pela PF

Um escândalo de grande proporção estremeceu as estruturas corporativas e financeiras do Brasil, envolvendo a conhecida rede varejista Americanas e cinco principais bancos brasileiros. Estas instituições foram citadas em um relatório explosivo da Polícia Federal (PF), que aponta uma série de manobras fraudulentas que totalizam uma estimativa de danos na casa dos R$ 25,2 bilhões. O envolvimento dos bancos inclui o Banco do Brasil, BTG Pactual, Daycoval, Itaú e Santander

A operação, nomeada Disclosure, foi deflagrada recentemente no Rio de Janeiro, visando principalmente os ex-dirigentes da empresa que supostamente estavam envolvidos em esquemas de maquiagem de balanço patrimonial. Este relatório veio à tona complementado pela colaboração de dois ex-executivos que decidiram colaborar com a justiça, revelando detalhes das intrincadas manobras financeiras.

Cada banco, segundo o relatório da PF, participou de maneira distinta, utilizando instrumentos financeiros que não eram claramente descritos nos relatórios financeiros auditados. Notadamente, movimentações de curtíssimo prazo eram utilizadas para manutenção ou obtenção de capital de giro, sem a devida transparência.

Métodos de fraude utilizados

Entre as estratégias fraudulentas identificadas está a prática de “cartão de crédito”, em que o Banco do Brasil adiantava pagamentos a fornecedores e, após um período, a Americanas quitava estas dívidas com acréscimos dos custos financeiros. Outro método citado é a “antecipação de VPC” (Verba de Propaganda Cooperada), onde créditos eram concedidos ao varejista por fornecedores com a promessa de inclusão em propagandas da empresa. Este regime teria sido facilitado pelo BTG Pactual e Daycoval mediante acordos informais não registrados.

Operações de “risco sacado” e respostas dos bancos

O relatório também menciona operações de “risco sacado” que teriam sido praticadas pelos bancos Itaú e Santander. Esta operação financeira envolve a assunção de dívidas de um varejista com seus fornecedores pelos bancos, um recurso bastante comum mas que, neste caso, estava envolto em práticas questionáveis.

  • O Banco do Brasil afirmou operar em conformidade com a legislação e possuir políticas de gestão de crédito e risco robustas.
  • Daycoval enfatiza sua trajetória ética e lei-based, sem ter tido acesso ao inquérito até a presente data.
  • BTG Pactual nega as acusações e enfatiza a regularidade e transparência de suas operações registradas.
  • Itaú Unibanco e Santander também refutam qualquer participação nas alegadas práticas irregulares, reafirmando o compromisso com a transparência e ética empresarial.
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